Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Nobel da Paz para três mulheres: Ellen Johnson Sirleaf, Tawakkul Karman e Leymah Gbowee

.


- Ellen Johnson Sirleaf, Tawakkul Karman e Leymah Gbowee -


O Comité Nobel norueguês anunciou como Nobel da Paz 2011 as liberianas Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e iemenita Tawakkul Karman.

Três mulheres foram distinguidas esta manhã de sexta-feira pelo Comité Nobel norueguês, em Oslo: as liberianas Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkul Karman.

O Comité Nobel Norueguês distinguiu o trabalho das laureadas pela luta pacífica em nome dos direitos das mulheres. "Não podemos conseguir a democracia e a paz duradoura no Mundo a menos que as mulheres tenham as mesmas oportunidades do que os homens", assinalou o Comité, em comunicado.

Ellen Johnson Sirleaf foi a primeira mulher a ser eleita presidente em África, cargo no qual "tem contribuído para a paz na Libéria, para a promoção do desenvolvimento económico e social e para reforçar a posição das mulheres".

A liberiana Leymah Gbowee conseguiu "mobilizar e organizar as mulheres de etnias e religiões diferentes a fim de conseguir acabar com a guerra na Libéria e garantir a sua participação nas eleições".

Já Tawakkul Karman liderou movimentos de luta pelos direitos das mulheres e pela democracia e paz no Iémen, antes e durante a "Primavera Árabe".

O Nobel da Paz foi concedido 91 vezes entre 1901 e 2010, celebrando este ano 110 anos de existência.
No ano passado, o Nobel da Paz foi atribuído a Liu Xiaobo pela sua "luta em nome dos direitos humanos fundamentais na China". A organização Human Rights Watch apelou, esta sexta-feira, à libertação de Liu Xiaobo, lembrando que, um ano depois de lhe ter sido atribuído o Prémio Nobel da Paz, o dissidente chinês continua "injustamente preso".

Entre as figuras internacionais distinguidas em anos recentes constam Barack Obama (2009), a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e o então director Mohamed ElBaradei (2005), Wangari Maathai (2004), Kofi Annan (2001), Ximenes Belo e José Ramos-Horta (1996) e Nelson Mandela e Frederik Klerk (1993).

No total, o prémio distinguiu 121 laureados: 98 personalidades individuais e 23 organizações.

Apenas duas entidades foram distinguidas mais que uma vez: o Comité Internacional da Cruz Vermelha (1917, 1944, 1963) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (1954 e 1981).

O prémio foi repartido apenas uma vez por três pessoas: Yasser Arafat, Shimon Peres e Yitzhak Rabin, em 1994.

O Comité Nobel norueguês é composto por cinco membros designados pelo Storting (o Parlamento norueguês).

Por 19 ocasiões, o prémio não foi atribuído. A última vez ocorreu em 1972.


in JN online, 07-10-2011

Sem comentários:

Contador, desde 2008:

Localizador, desde 2010:

Acerca de mim

A minha foto
"Horta do Zorate" é um blogue pessoal, editado por Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo, fazedor desencostado, em autoconstrução desde 1958.