Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

OPERAÇÃO DULCINEIA, ASSALTO AO SANTA MARIA, FAZ HOJE 63 ANOS



A Operação Dulcineia foi uma operação coordenada por Henrique Galvão e Humberto Delgado, que teve como objetivo principal desviar o paquete português Santa Maria, cheio de passageiros.
Henrique Galvão liderou o assalto ao paquete Santa Maria, chamou-lhe Operação Dulcineia, do título de uma peça de teatro de Carlos Selvagem (Dulcinéa ou a última aventura de D. Quixote, Lisboa: Editorial Aviz, 1943).
O sequestro ocorreu na noite de 21 para 22 de janeiro de 1961, por um grupo de 23 exilados políticos portugueses e espanhóis - integrantes da Direção Revolucionária Ibérica de Libertação (DRIL) -, que então faziam oposição política aos governos ditatoriais de António de Oliveira Salazar e de Francisco Franco, sob o comando do capitão Henrique Galvão e de Jorge de Soutomayor, desencadeando a chamada Operação Dulcineia.
O paquete foi então chamado de "Santa Liberdade".
Durante a ação foi assassinado o 3.º piloto, o oficial João José Nascimento Costa.
A embarcação acabou por fundear no porto do Recife, no Brasil, em 2 de fevereiro seguinte.



Um dos oficiais de bordo ofereceu resistência e foi morto a tiro; os restantes renderam-se.
O paquete mudou de rumo e partiu em direcção a África.
Henrique Galvão queria dirigir-se à ilha espanhola de Fernando Pó, no golfo da Guiné, e a partir daí atacar Luanda, que seria o ponto de partida para o derrube dos governos de Lisboa e Madrid.
Um plano megalómano e quixotesco, condenado ao fracasso, mas que chamaria as atenções internacionais para a ditadura salazarista.
As coisas começaram a complicar-se quando o navio foi avistado por um cargueiro dinamarquês, que avisou a guarda costeira americana.
Daí até à chegada dos navios de guerra foi um ápice.
Vendo que tudo estava perdido, Henrique Galvão decidiu rumar ao Recife e render-se às autoridades brasileiras, pedindo asilo político, que foi aceite.




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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.