Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

O Vagabundo do Mar...


Sou barco de vela e remo
Sou vagabundo do mar,
Não tenho escala marcada
Nem hora para chegar:
É tudo conforme o vento,
Tudo conforme a maré...
Muitas vezes acontece
Largar o rumo tomado
Da praia para onde ia....
Foi o vento que virou?
Foi o mar que enraiveceu
E não há porto de abrigo?
Ou foi a minha vontade
De vagabundo do mar?
Sei lá.
Fosse o que fosse
Não tenho rota marcada
Ando ao sabor da maré.
É por isso meus amigos,
Que a tempestade da vida
Me apanhou no alto mar.
E agora
Queira ou não queira
Cara alegre e braço forte:
Estou no meu posto a lutar!
Se for ao fundo acabou-se.
Estas coisas acontecem
Aos vagabundos do mar.

Manuel da Fonseca

2 comentários:

Anónimo disse...

Zo
Gosto mais deste sitio...
Bj
Vonita

Alberto João disse...

Vonita,

:)

Grato pelo primeiro comentário e, sobretudo, pela visita a este meu novo cantinho! :)

Beijo

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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.