Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Sempre pensei que o PCP fosse contra os Recibos Verdes, afinal...

"Sessenta e seis a recibo verde na Câmara Municipal de Almada.

A Câmara Municipal de Almada tinha 66 trabalhadores a recibo verde no final de 2007, num total de 1526. A denúncia é feita pelo movimento Ferve - Fartos/as d'Estes Recibos Verdes, que considera a situação "muito grave".

"É algo que acontece noutras câmaras, mas neste caso tivemos a possibilidade de aceder aos documentos da autarquia que atestam esta realidade", explica Cristina Andrade, porta-voz do grupo.

A presidente do município, Maria Emília de Sousa, esclarece contudo que os funcionários em causa estão em regime de avença no âmbito de programas nas áreas da mobilidade, ordenamento do território e saúde. "Os recibos verdes têm a ver com projectos específicos sobre os quais não está identificada a necessidade de carácter permanente", garantiu a edil, ao JN, dando o exemplo dos médicos e enfermeiros afectos ao serviço de saúde ocupacional.

"Quando concluído, se o projecto impõe necessidades de carácter permanente é aberto concurso. Se não, termina o contrato de avença com as pessoas", explica Maria Emília de Sousa, assegurando que em 2008 o número de trabalhadores a recibo verde baixou para 59.

Em defesa da regularização da situação dos profissionais que trabalham a recibos verdes, o Ferve entregou a 31 de Janeiro na Assembleia da República uma petição com mais de cinco mil assinaturas, que já foi discutida no parlamento, com o PS a garantir que a administração pública iria dar o exemplo.

"Não é isso que está a acontecer", alerta Cristina Andrade, denunciando que para resolver a situação as pessoas são afastadas, contratadas através de empresas de trabalho temporário ou aconselhadas a se constituírem como empresas para prestarem o mesmo serviço. "

in JN online, 12-11-2008

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"Horta do Zorate" é um blogue pessoal, editado por Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo, fazedor desencostado, em autoconstrução desde 1958.