Destas mãos que falam, saem gritos d'alma, gemidos de dor, às vezes, letras com amor, pedaços da vida, por vezes sofrida, d'um quase iletrado escritor. Saem inquietações, também provocações, com sabor, a laranjas ou limões. Destas mãos que falam, saem letras perdidas, revoltas não contidas, contra opressões, das nossas vidas! (Alberto João)

sexta-feira, 28 de junho de 2024

CASTELO DE SORTELHA



O Castelo de Sortelha localiza-se na vila do mesmo nome, município do Sabugal, distrito da Guarda, em Portugal.
Erguido sobre um maciço granítico em posição dominante sobre o vale de Riba-Côa, área de passagem entre a Meseta Ibérica e a depressão da Cova da Beira, integra o conjunto da que é considerada uma das mais bem conservadas Aldeias Históricas da Beira Interior.
O Castelo de Sortelha está classificado como Monumento Nacional desde 1910.
A primitiva ocupação humana do local remonta à pré-história, possívelmente a um castro Neolítico.
Atraídos pela riqueza mineral da região e pela posição estratégica do local, este teria sido sucessivamente ocupado por Romanos, Visigodos e Muçulmanos.
Em 1228, D. Sancho concedeu foral a Sortelha e mandou edificar o castelo, integrando as fortificações que, de ambos os lados do rio Côa, protegiam a fronteira por aquele definida.
Com o afastamento da fronteira, seguiram-se longos anos de decadência, resultante da perda de importância militar.
Com D. Manuel, voltou a Vila a beneficiar das atenções reais, recebendo novo foral, em 1510, tentando incentivar o seu repovoamento e desenvolvimento económico, e fazendo obras de beneficiação do castelo, como o atesta o brasão real ladeado pelas esferas armilares sobre a porta de entrada.



Outros vestígios desse período são o pelourinho e algumas casas com elementos arquitetónicos caraterísticos.
A distância em relação à fronteira e a pobreza da zona fizeram com que fosse perdendo importância, até ser extinto o concelho, em 1855, sendo integrado no do Sabugal.
Pelo facto de pertencer à rede das Aldeias Históricas de Portugal, é sobejamente conhecida, atraindo milhares de visitantes por ano.
As obras realizadas em finais dos anos noventa devolveram-lhe o seu cunho ancestral, com muitas das caraterísticas de uma vila de inícios do século XVI.
As suas muralhas mantêm-se de pé, fruto de algumas reconstruções, rodeando edifícios de antiguidade garantida.
Numa zona elevada, o castelo, com a sua torre de menagem, uma varanda com matacães sobre a entrada e uma cisterna no interior.
Ao percorrer as ruas íngremes da vila, vamos deparando com casas dos séculos XV e XVI, algumas delas com elementos de estilo manuelino.
Junto à entrada do castelo, o centro político da antiga vila apresenta o pelourinho, a antiga casa da Câmara e prisão.
Muito próximo, encontra-se a igreja matriz, de 1573.
Saindo da vila pela Porta Nova, encontram-se gravadas na muralha duas medidas-padrão medievais.
Aqui, pode-se visitar o antigo hospital da Misericórdia e a igreja de Santa Rita, rodeada de sepulturas escavadas na rocha, além de apreciar o grandioso panorama sobre a Cova da Beira, com a Serra da Estrela por fundo.
Próximo da porta falsa e da torre do facho, está ainda a cabeça da velha.




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"Horta do Zorate" é o blogue pessoal de Alberto João (Catujaleno), cidadão do mundo em autoconstrução desde 1958.